Investigación Didáctica
Isabel Barca
As narrativas em História, ao fornecerem um retrato substantivo do passado que indicia uma determinada mensagem nuclear e
concepções implícitas sobre explicação, significância e mudança, revelam-se como uma face material da consciência histórica de quem as
constrói. Em dois estudos com o objectivo de explorar as narrativas dos jovens em final de escolaridade obrigatória, 140 alunos de escolas
portuguesas e 140 alunos de escolas brasileiras apresentaram, por escrito, as suas «histórias» do país e do mundo nos últimos cem anos. A
estrutura destas produções variou entre simples listas com ou sem cronologia aceitável até formas narrativas de elaboração diversa, desde
narrativas fragmentadas até narrativas emergentes e «completas». Pela análise qualitativa de dados segundo o método da Grounded Theory,
encontraram-se algumas convergências entre as idéias dos alunos brasileiros e portugueses, nomeadamente na mensagem nuclear acerca
da História contemporânea mundial, entendida como uma história de violência mas também de progresso tecnológico, e numa mensagem
nuclear mais optimista em relação à História dos seus próprios países. Contudo, a análise dos dados sugeriu também a existência de algumas
divergências de perspectivas entre os jovens dos dois países quanto ao seu posicionamento em termos de orientação temporal perante
a História.
Fecha de recepción del artículo: 16/11/2010
Fecha de aceptación del artículo: 19/12/2010
Fecha de publicación del artículo: 01/12/2011
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